7 de dezembro de 2009

Reflexão sobre a Família






Alguém definiu a Família como uma “comunidade de serviço”.


E é-o de facto.


De serviço ao acolhimento da vida.


De serviço ao amor na reciprocidade dinâmica.


De serviço na partilha das tarefas domésticas.


De serviço à escuta activa de todos os seus elementos e de cada um em particular.


De serviço ao respeito mútuo, na diferença que gera riqueza e na unidade de um projecto de vida comum criador da unidade indispensável à coesão da Família como grupo social fundamental.


A Família, cada família, é, assim, uma comunidade geradora de comunhão e esta é que lhe dá sentido e identidade.


Por isso, porque a Família é comunhão de pessoas “alimentadas” pelo Amor e estruturadas neste, tudo o que propicia ou desenvolve conflitualidade deve ser de expurgar.


A violência (as violências) estão neste campo. A violência, sob qualquer forma, aniquila o Amor e, consequentemente, “mata” a Família.


O perdão, pelo contrário, bem assim como a tolerância e a compreensão, reforçam os laços e as cumplicidades positivas. Constroem Família.


Como não há homens nem mulheres perfeitos, também não há famílias perfeitas.


Mas há homens e mulheres que buscam com afinco a perfeição. Assim suceda com as famílias.


Todas podem e devem fazer um esforço no sentido de aperfeiçoarem os mecanismos de relação, com o diálogo e a escuta. Com muita tradição.


Não é a Família uma comunidade de serviço?


Onde todos procuram estar atentos aos outros e não à espera de serem servidos!


Carlos Aguiar Gomes

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